segunda-feira, 13 de julho de 2009

Boom Boom Clap!



Pareçe que realmente essa é o ano das crianças no mundo cinematográfico!
A Era do Gelo 3,Hannah Montana,Harry Potter,entre outros...Mas quem disse que esses filmes são só para crianças?
Eu sou prova viva disso que já assisti A Era do Gelo,já estou com meu ingresso garantido para a estréia de Harry Potter e estou maravilhado com o filme da cantora pop.

Sou fã dessa série da Disney e amei quando soube que iria virar filme! Logo foram surgindo cenas e até músicas do filme que foram me empolgando! Quando apareçeu o clip da música Hoedown Throwdrow logo vi que o filme seria um sucesso!!

Com uma diferente mistura de música folclorica com hip hop,Hoedown Throwdrow logo nos diverte com uma embolada dança e uma batida muito empolgante!
Ao som de Boom Boom Clap! Boom The Clap Clap! A cantora faz todos se levantarem e dançarem a música! Assim como os personagens do filme,que arriscam dar uns passos em um clip passado no final do filme!! Bem divertido!!



O filme estreiou e eu não consegui assistir por falta de companhia. A maioria dos meus amigos tem aquele certo preconceito com esse tipo de filme. Quando percebi o filme já estava saindo das salas de cinema. Logo peguei minha velha amiga calça jeans e fui sozinho assistir o filme!
Cheguei em cima da hora e ainda parei para comprar pipoca,mas quando entrei me deparei com a sala cheia de crianças,que logo ficaram me encarando...Também...Um homem barbudo com pipoca,chocolate e refrigerante sozinho assistindo Hannah Montana é um pouco estranho!
Foi quando percebi que o filme é sim para crianças,eu é não deixei de ser uma criança!!



Hannah Montana o Filme

Miley Stewart é uma garota que leva uma vida aparentemente normal, não fosse pelo fato de ter uma identidade secreta famosa, conhecida como Hannah Montana, uma verdadeira pop star. Esse detalhe parece tomar conta de sua vida, em meio à alta roda de Los Angeles, composta por gente descolada. Ela deixa que sua assessora Vita cuide de sua vida.


Aos poucos, Miley abandona sua vida pessoal, sua família - perde até a despedida do irmão quando ele vai para a faculdade - e dá mais atenção ao lado glamouroso das coisas. Seu pai, Rob Ray Stewart (vivido pelo pai verdadeiro de Miley Cyrus, o cantor country Billy Ray Cyrus), fica preocupado e decide que é hora de lembrar à filha suas verdadeiras raízes.


A gota d'água é quando Miley briga com outra cantora famosa por causa de um par de sapatos numa loja e acaba flagrada por paparazzi. Preocupado, o pai inventa a desculpa de que ela vai para Nova York, onde se apresentará. Mas, na verdade, leva-a para Crowley Corners, no Tennessee.


Em sua cidade natal, Miley vai reencontrar não apenas suas origens, mas também pessoas de seu passado, como sua avó Ruby.Um repórter bisbilhoteiro começa a fazer perguntas na cidade, o que poderá colocar a identidade secreta de Hannah Montana em risco.


Ao contrário da série, "Hannah Montana: O Filme" mostra como tudo começou, as origens da protagonista, ao levá-la de volta à sua pequena cidade no sul dos Estados Unidos.


O mais legal do filme na minha opnião é que mostra o lado humano dos personagens. Seus erros e acertos! Diferente da série o filme é voltado para Miley e Seu pai Rob Ray. Mostrando o lado bom e ruim na vida da personagem principal,o filme passa claramente as dificuldade de se ter uma vida dupla. É uma verdadeira faca de dois gumes! Pode-se passar uma imagem boa ou ruim de Hannah Montana!


O melhor do filme vai para o excelente espaço ganho do personagem Rob Ray,pai da Miley,que se torna o principal enrredo e figura do filme!
O filme mostra seus sacrificios para que o segredo de sua filha fique seguro,como na cena em que ele é obrigado a dar um fora na mulher que ama para que ela não descubra que Hannah Montana na verdade é Miley.
Chorei nesta cena! Sim! Chorei duas vezes vendo Hannah Montana o filme. Se você é desses que tem um coração mole na hora de ver filmes é impossivél não chorar nesta cena.



Outra coisa que vale muito a pena de ser ver no filme são suas músicas,que vão das mais dançantes até as mais melancólicas. Como na linda cena em que Miley canta a música Butherfly com seu pai!


O mais empolgante do filme fica por conta da cena final em que Hannah Monata tira a peruca no meio do show revelando sua verdadeira identidade para o público da cidade!
Chorei de novo! Sim! Chorei pela segunda vez!
Não tem como não se emocionar com a Miley fazendo um discurso com a peruca na mão!
Emocionada ela canta a música The Climb,a música mais bunita do filme! Emocionante!


O filme passa além da série e leva o público ao delirio com a cantora mais pop da atualidade!
E pra quem não se acha mais criança para ver o filme,vale o esforço. E para quem é uma eterna criança como eu só resta torcer para uma continuação!!






Cena da música Hoedown Throwdrow!

domingo, 5 de julho de 2009

Não é Futebol!



Cansei de querer falar sobre o excelente filme de Stanley Kubrick e ouvir algo do tipo:-Ah sim! Laranja Mecânica? O time da Holanda né?!
AAAAHHHHHHHHHHH
Laranja Mecânica não é um time! E sim um grande filme!

Laranja Mecânica é a adaptação cinematográfica de Stanley Kubric do livro de Anthony Burges do mesmo nome.

O Livro

Escrito por sAnthony Burges e com o título original A Clockwork Orange, a obra foi lançada em 1962 na Inglaterra e em seguida traduzida para diversos países. Laranja Mecânica faz parte de uma trindade distópica que coroa a ficção científica do século XX. O livro de Burgess divide com 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (ambos britânicos e um pouco mais velhos que ele) a honra de criar um dos cenários mais apocalípticos da literatura de todos os tempos.

O que motivou Burgess a escrever Laranja Mecânica foi inicialmente seu fascínio por gírias, dialetos, neologismos e o jargão de subgrupos (o que hoje convencionamos chamar de tribos urbanas), além de seu espanto, ao voltar de uma viagem à Malásia, com o surgimento repentino de cafeterias, música pop e gangues de adolescentes.

Burgess ambientou Laranja Mecânica no futuro próximo, num tempo em que a violência adolescente atingiu um nível tão insuportável que gerou uma repressão em igual medida da parte do governo, com técnicas pavlovianas de condicionamento (leia-se lavagem cerebral).

Para resolver a questão da efemeridade da gíria usada por gangues da época, Burgess decidiu criar, a partir de um aprofundamento na língua e cultura russa, seu próprio dialeto ou linguagem, chamada por ele de nadsat – termo russo traduzido para o português como adolescência. O nadsat consiste numa mistura de palavras da língua russa e inglesa.

A tradução americana de Laranja Mecânica sofreu alterações à revelia do autor. Nela foi incluído um glossário nadsat e o último capítulo foi simplesmente cortado, alengando-se “razões conceituais”: um final com tom mais otimista não combinaria com o resto do livro. O filme de Kubrick se baseia na edição americana.

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O Filme

No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele é usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.

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É muito difícil julgar um filme como este. Algo frio e violento, ainda pode ser divertido, sarcástico e visionário? Quando se trata de Laranja Mecânica, sim!O filme, em todo o seu esplendor, é uma experiência provável que jamais se esquece. Seus personagens, seu estilo, seu tema e seu material explícito - todo ele combina com a criação de um maravilhoso conjunto que irá ficar na cabeça de muita gente por muito tempo.Devido à intensa violência, especialmente contra as mulheres, é um filme perturbador e difícil de se assistir. Mas se você faz parte do mundo dos cinéfilos, você deve assistir sem interrupção! Deixe Stanley Kubrick levá-lo sobre o lado emocional cinematográfico de sua vida. E não se esqueça de respirar, certo certo? (assistam ao filme e vão entender)

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Sim, pode parecer absurdo, mas creio que não sou a única a perceber o lado B de Alex, o destrutivo e pervertido personagem do genial filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica de 1971. Num roteiro único cheio de linguagem própria, o filme explora um tema absolutamente contemporâneo. “A Clockwork Orange” surpreende e choca seus espectadores até hoje.

Completamente ignorado pela mãe, o personagem interpretado por Malcolm MecDowell vive uma vida desenfreada junto a sua gangue. Delinqüentes que matam, roubam e estupram.

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Num futuro psicodélico e sombrio, “Alexander the Large", vive uma rotina de violência, sexo e caos em Londres, usando uma linguagem própria misturando inglês, russo e gírias criadas pelo bando. Ao ser preso em uma de suas ações absurdas junto a sua gangue, Alex é submetido a testes com drogas, numa tentativa de dominar seus instintos subversivos. E é nesta circunstância que este incrível personagem bizarro se mostra absolutamente astuto e inteligente, contrapondo sua personalidade desfalcada e doentia revelada no começo do filme.

Surge então o que chamo de: primeira vontade de empatia com o personagem. A forma como Alex consegue lidar com o tratamento é que mostra seu lado B, e automaticamente ameniza a primeira impressão, despertando uma confusão de conceitos sobre esta figura intrigante. O fato, é que ele não deixa de ser um pervertido e agressivo. Seus instintos dominantes são apenas controlados com o tratamento, que diga- se de passagem, tão hostil e violento quanto o próprio De large.

As seções de tortura e as reações que tais causam no personagem despertam a segunda vontade de empatia. Privado de maneira brutal de seus impulsos violentos, Alex perde também seu livre arbítrio.

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Em suma, o que se constata da personalidade de Alex e que traz consigo esta parte cativante, é que esta figura não passa de um ser humano descartado pela sociedade, por isso a falta de limites, não é um louco, como parece ser e pelo contrário, é um cara dotado de grande inteligência mas que canaliza sua habilidade de pensar em gestos agressivos e atos violentos.

O lado B deste incrível e complexo personagem, é tão admirável, que nos causa medo, um paradoxo atual abordado em tempos escusos que é no mínimo, genial.

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Censura Brasileira

Rodado em Londres no ano de 1970 e lançado mundialmente no ano seguinte, Laranja Mecânica virou alvo da censura na época e foi proibido no Brasil. Por quase toda a década de 70, os brasileiros só ouviam falar daquele polêmico filme realizado por Stanley Kubrick após a ópera-prima 2001 – Uma Odisséia no Espaço. Durante anos a única referência ao filme era sua inovadora trilha sonora que misturava experiências eletrônicas do compositor Walter Carlos (antes de virar Wendy Carlos) com as composições de Beethoven. O filme só foi liberado para exibições no Brasil em 1978 em cópias onde foram incluídas “bolinhas pretas” sobre as genitálias dos corpos nus. A anacrônica censura da época achava mais importante esconder a nudez do que expor as plateias à violência exacerbada que o filme mostrava de maneira até então nunca vista em uma produção mainstream.

Hoje as “bolinhas pretas” não passam de curiosidade e mico histórico ao qual os brasileiros foram submetidos. No entanto, o mesmo não se pode dizer da violência urbana que Laranja Mecânica retrata e que de certa forma antecipava para o futuro. A recente revolta dos jovens nos subúrbios de Paris é apenas mais um episódio que confirma o quanto o livro de Anthony Burgess e o filme de Stanley Kubrick estava à frente de seu tempo.

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Se você é desses que tiram uma lição de moral no final do filme fica bem claro a lição deste..."Tudo Volta Pra Você!"

Nosso protagonista se encontra cara a cara com as pessoas que foram violentadas por ele,mas desta vez a pessoa indefesa torna-se ele.

"Extraordinária sátira à hipocrisia social."