segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Relíquias Nacionais!!

Hoje eu não irei mostrar para vocês apenas um filme imperdivel,e sim,três super filmes nacionais. Não! Eu não passei o meu dia ontem gastando dinheiro vendo todos esses filmes no cinema. Se bem que eu daria um bom dinheiro para vê-los sempre.
O cinema nacional consegue nos surpreender quando conseguimos vasculhar seu baú e rever certos filmes que nunca foram sucessos,mas que se depender de seus fãs da era digital eles nunca serão esquecidos. Pricipalmente pelo fato de que hoje em dia podemos assisti-los entrando em sites como o Youtube. Sim,eu amo o Youtube!

O Gato De Botas Extraterrestre

O filme conta a história de ser completamente diferente...Charmoso,cauteloso,desajeitado,malandro,alegre,especial,espacial,lunatico e emocionante(pelo menos é o que diz no cartaz do filme,rsrsrs). Um gato extraterrestre,bastante malandro intenta mil mentiras para fazer com que seu dono,um pobre camponês(Mauricio Mattar),se consiga passar por um rico marquês para conquistar o coração da princesa(Flávia Monteiro).

Esse filme foi lançado em 1990,mas só agora está sendo conhecido por muita gente. Eu mesmo só fui assisti-lo essa semana. E adorei ver Flavia Monteiro(nossa eterna professorinha de Chiquititas) contracenando com Mauricio Mattar nesse filme. Eles mesmos passam a imagem de não saber o que estão fazendo naquele filme e que um dia se arrependerão de te-lo feito.

MELHOR CENA:

A cena do casamento é muito divertida pelo fato da atuação dos atores,que tentam passar um ar de seriedade,mas acaba saindo ao contrário.

CURIOSIDADE:

O diretor deste filme está para o cinema como aqueles editores picaretas estão para a literatura amadora que tem que pagar pra fazer qualquer coisa. Ele colocava anúncios no jornal, vc ligava pra fazer testes e em troco enviava uma cartinha para vc ser co-produtor da nova superprodução. Dava como exemplo este O Gato de Botas Extraterrestre. Este cartaz faz sensacionalismo com a maquiagem do gato, feita por um maquiador de Hollywood, o que só piora minhas impressões a respeito da obra.

VALE A PENA ASSISTIR, PORQUE:

Para que Mauricio Mattar e Flavia Monteiro nunca se esqueçam de quanto eram ruins na época desse filme,e o melhor,para que nunca esqueçam que o tenham feito. Fora a péssima atuação e o péssimo roteiro,o filme não tem nada de bom!


Histórias Que Nossas Babá Não Contavam

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Clara das Neves é a princesa a qual a Rainha persegue por ser mais gostosa que ela, segundo seu sacana espelho mágico. Depois de enviar o caçador para matá-la, Clara das Neves vai parar na cabana dos Sete Anões que, acostumados a terem os prazeres do sexo apenas com um dos anões que faz as vezes de mulher, se esbaldam na morena, cada um tendo sua vez, provocando ciúmes no anão rejeitado.

Uma boa comédia dos tempos da "adorada por uns, repudiada por outros" pornochanchada. Um filme que transformou a "inocente" história da Branca de Neve numa atmosfera de pura sacanagem! Filme nacional que marcou uma geração.

Assim como eu, imagino que muitos leitores viram este filme quando tinha uns, sei lá, 12, 13 anos. Para ser mais exato, vi no no SBT, nos tempos que faixa etária na programação da TV aberta era para os fracos. E posso dizer que, naquela idade, ele me rendeu algumas boas horas de... divertimento cultural solitário. Muito bom mesmo. Recomendo e o Costinha está impagável como o caçador.
Hoje, passa de vez em quando na sessão "Como Era Gostoso o Nosso Cinema", do Canal Brasil. Quem tiver oportunidade, assista.

MELHOR CENA:

Eu gostei principalmente das cenas em que o Homossexual Espelho Mágico aparecia. Ele seria um tataravô do Chrinstian Pior do Pânico: esculhambação com classe!

VALE A PENA ASSISTIR, PORQUE:

Por incrível que pareça, o filme tem um fundo histórico como pano de fundo. A Rainha personaliza o Regime Militar que o Brasil sofria na época. Cenas como a instituição dos Atos Institucionais pela Rainha, que eu sinceramente não sei o porquê de não terem sido censuradas, estão lá. Enfim.

Embora faça parte de um gênero escrachado por pseudos-comentaristas de cinema, acredido que trará boas risadas. E se forem adolescentes, caros leitores, só não trarão momentos de diversão solitária porque nos dias de hoje vocês têm toda e qualquer sorte de putaria devidamente arquivada a um clique de mouse. Não será um "reles" filme de 1979 que te proporcionará esta diversão.



Cindelera Baiana



Cinderela Baiana narra a saga de uma menina pobre do Recôncavo Baiano que nasceu burra, não aprendeu nada e ainda esqueceu a metade. E que, mesmo assim, graças à abundância de seus talentos naturais (posteriormente turbinados pelos avanços da medicina), encontra a fama, a riqueza e o amor.

"Cinderela Baiana" (1998) é como "Limite", de Mário Peixoto: uma lenda do cinema nacional, vista por muito poucos. Fracasso de público nos cinemas, relativo sucesso em vídeo, o que atrapalha seu descobrimento pelas novas gerações é um detalhe prosaico: os vhs lançados pela PlayArte possuem proteção anti-cópia Macrovision, o que dificulta a transposição amadora do filme para dvd-r e divx.
Vencido este obstáculo -- ou finalmente legalizado em dvd -- "Cinderela Baiana" reaparecerá como peça intrigante: extremamente tosco para ser levado a sério por seu público-alvo -- as crianças -- e exageradamente ingênuo para ser, de fato, um trash movie cultuado por adultos masoquistas, o meio-termo onde se equilibra faz com que pareça ainda pior e mais despropositado. Nada, mas nada mesmo do que o leitor sofreu até hoje em cinema brasileiro -- nem os momentos mais alegóricos de Glauber Rocha -- consegue chegar próximo ao anti-filme de Conrado Sanchez, construindo a cinebiografia da ex-dançarina do Tchan!, Carla Perez.
Ainda que os dez minutos iniciais lembrem um melodrama (a criança de pé no chão, pedinte na beira da estrada), o que vem a seguir quase mata do coração: depois que sua mãe morre, Carla sofre um amadurecimento relâmpago, e, por contingência no orçamento, a atriz-menina de nove anos desaparece para dar lugar à própria, uma mocetona de vinte e dois, enquanto sabemos que apenas "três anos se passaram..."
Simpática, bem-fornida, a heroína ganha dois amigos (um deles é Lázaro Ramos, no segundo longa de sua carreira), e começa a operar milagres dançando. Quando reclamam de fome, os três tentam roubar um tabuleiro de acarajé. A baiana, com pena, distribui aos jovens seu produto de graça. Mas, curiosamente, apenas os dois rapazes ganham a iguaria -- Carla, que era a mais fraca e faminta, começa a saltitar em frenesi. Assim, consegue que a rua lote de dançarinos e a generosa senhora fature horrores.
Há também Perry Salles, terrível no papel de Pierre, um empresário italiano cafajeste (porque em roteiros simplórios, estrangeiros são sempre inescrupulosos?), que consegue para Carla as primeiras chances na carreira. Em meio à hecatombe do histriônico oportunista e de Carla pra lá e pra cá, ao menos grande parte das bandas de axé music dos anos 90 desfilam incidentalmente, traçando útil e datado panorama do espetáculo das massas.
Fosse sobre axé, o filme ganharia nuances sociológicas e comportamentais. Rodado em Salvador, então, lograria o mérito de descortinar uma cidade cinematográfica, tão bem aproveitada em "O Pagador de Promessas" ou "J.S. Brown". Como a música, o lugar e qualquer outro elemento são acessórios, a única impressão possível é a de jocosa vinheta kitsch, apoiada em uma espécie de desconexão da realidade.
Entre a falta de eixo e os claros problemas financeiros, temos a habilidade interpretativa da atriz principal. Carla às vezes parece ter sincera vontade de rir (eu também acharia graça), quando despeja monólogos oligofrênicos em cenas absurdamente nonsense. Para piorar, surge um partner romântico, o cantor Alexandre Pires -- cujo estilo de interpretação lembra muito o do galã bíblico Victor Mature.
Alexandre humilha os capangas de Pierre, em coreografia revivida de finados telecatches. No final apoteótico, Carla volta de carro importado ao local onde antes pedia esmolas, e discursa emocionada contra "campanhas demagógicas", para em seguida libertar passarinhos da gaiola e improvisar um número de dança. Tal ato gerou até uma comunidade no Orkut, com a foto de Carla em pleno êxtase magnânimo.
"Cinderela" fascina porque também remexe (ops!) forças ocultas: o derradeiro suspiro do cinema da Boca -- afinal, Conrado, o produtor Galante e o montador Éder Mazzini eram crias do longínquo quadrilátero paulistano -- inadequado ao aparato marqueteiro de videoclip que o final dos anos 90 exigia. Mas acreditar que Conrado Sanchez fez esta pérola por ser um cineasta inábil me parece falso: "A Menina e o Estuprador", com Vanessa Alves e Zózimo Bulbul, é barato, ligeiro, e cheio de momentos talentosos.
Já Antônio Polo Galante, que deixou sua marca em quase cem filmes, dispensa apresentações. Talvez o maior produtor da história do cinema brasileiro, podia ter encerrado carreira com o fabuloso "Anjos do Arrabalde", onze anos antes. Tão bisonho e claudicante, seu canto dos cisnes erra até nos créditos: o "baiana" da Cinderela, surge grafado "bahiana". Quem viu, não esquece jamais.


MELHOR CENA:

Sinceramente...O filme todo é imperdivel. Mas a última cena é a que da mais orgulho de ter conseguido assistir a esse filme.

VALE A PENA ASSISTIR, PORQUE:

Só pela personagem principal já se vale ver o filme. Burra como porta,ela solta várias pérolas o filme inteiro. Como na cena em que está com seu empresário e ele a pergunta se ela gostaria de participar da seleção para dançarinas de um famoso cantor. Ela com um belo sorriso no rosto responde,"Seleção? Mas eu não jogo futebol".Uhauhauhauhauhauha É de matar de rir.
Mas o que mais me chamou a atênção foi a pujança do apoteótico final, quando Carla Perez, vestida com trajes de odalisca, desce indignada de seu carro importado, ao se deparar com crianças trabalhando em uma estrada esburacada.Embora o espectador mais atento possa estranhar o porquê daquelas criancinhas estarem empunhando enxadas no meio do asfalto (??), nada é capaz de ofuscar o brilho do discurso social da ex-dançarina do Tchan. Atentem para a cena em que Carla liberta alguns passarinhos para o comovente vôo da liberdade,parafraseando as sapientíssimas palavras: "De que adiantam essas campanhas demagógicas?".
Muito bom!!

Contos de fadas e cinema brasileiro nasceram um para o outro, né? Tanto quanto samba pra alemão tocar em tuba!

Se eu fosse dono de distribuidora de DVD lançaria um Box contendo Cinderela Baiana, Histórias que Nossas Babás Não Contavam e O Gato de Botas Extraterrestre. Depois era só esperar o tilintar das moedinhas!


Espero que tenham gostado das dicas!!

6 comentários:

Linda disse...

O primeiro vc mesmo disse que não tem nada de bom!! kkkkk
O segundo parece interessante, e o terceiro não vou assistir mesmo!!
Era só o que me faltava, perder meu precioso tempo assistindo Carla Perez! kkkkkkkkkkkkkkk To brincando, a estoria pode ser legal, mas não fiquei curiosa.
Valeu as dicas!!!
Bjs e ótima semana!

Déia disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vou passar meu lindo! não são exatamente o meu estilo de filme kkkkkk mas valeu a dica, servem como cultura geral rsrsrsrs

Ja chega as burraldas que tenho q conviver... as Carlas Peres do meu mundo rsrss

bj

disse...

hahaha ! confesso que nunca ouvi falar de nenhum ! :P
mas como dica é sempre mt bem vindo ! (: quem sabe um dia eu não assisto algum né ? vou lembrar da sua indicação ;)

beijos ;*

Mayara Cardoso disse...

hahaha isso é sério?
o segundo me pareceu interessante! rs
beeijos
http://andnobodyelse.blogspot.com

Junhu disse...

Confesso que sou meio relutante com o cinema nacional, mas quem não seria ao ver a Carla Perez em um deles? UASHUAHSUAHSHASUH

Sim sim, sou amigo do Saulo *-* de que foto? UAHSAUHSUAHSUH
Desculpe tê-lo feito chorar, mas é que às vezes bate a inspiração e eu preciso escrever algo meloso u.u'
rs

abração!

Charles F. Miranda disse...

Fala Douglas ... vc tb blogando? kkk Adoro cinema cara ... e das suas dicas já assisti o constrangedor "Cinderela baiana" ... o 1º só vc deve ter assistido antes do Maurício e a Flávia mandarem recolher todas as cópias kkkk ... e o 2º eu cheguei a ver um pedaço no canal Brasil, mas prefiro não comentar kkkk! Abração ... vlw pelas dicas kkkk!!